Crise nos EUA
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Crise nos EUA
Quarta, 24 de setembro de 2008, 22h15
Bush diz que toda a economia dos EUA está em perigo
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez nesta noite o primeiro pronunciamento à nação desde o agravamento da atual crise econômica, há pouco mais de uma semana. Ele afirmou que a atual crise deixa toda a economia dos EUA "em perigo" e pediu que os americanos apóiem o pacote de US$ 700 bilhões anunciado na última sexta-feira pelo governo. "Estamos em meio a uma séria crise financeira", disse.
Bush confirmou que o país corre o risco de enfrentar uma "longa e dolorosa recessão". Ele afirmou que o plano contra a crise, que espera aprovação no Congresso, não servirá para "salvar companhias individuais, mas para proteger toda a economia dos EUA".
O presidente dos EUA disse que normalmente não concordaria com uma intervenção do Estado na economia, mas que desta vez o país "não está em circunstâncias normais, o mercado não está funcionando adequadamente". "Não temos outra opção a não ser intervir (no mercado)".
Se o pacote do governo não for apovado, disse o presidente, "mais bancos podem quebrar, bolsas irão cair ainda mais, faltará crédito para consumidores e muitos americanos poderão perder seus empregos". "O custo para os americanos será muito maior".
O presidente americano também afirmou ter convidado os dois candidatos à sua sucessão, o democrata Barack Obama e o republicano Joh McCain, para um encontro com congressistas dos dois partidos para discutir a crise, em Washington, nesta quinta-feira.
Críticas
O plano de salvamento tem sido alvo de críticas e dúvidas. Uma das questões é se será criado ou não algum tipo de mecanismo para avaliar e regular a implementação do plano.
O temor é de que o tesouro americano concentre muito poder para gastar os US$ 700 bilhões. Outro ponto em discussão é sobre como usar os recursos. O plano do governo americano prevê a compra de títulos podres dos bancos para, segundo Paulson, "desintoxicar" seus balanços, evitar que quebrem e permitir que voltem a emprestar para o mercado em geral.
De acordo com o Federal Reserve (Fed), a intenção é que esses títulos de má qualidade sejam comprados pelo seu "valor de maturação" e não pelo seu valor de mercado. Isso significa, segundo especialistas, que os bancos que venderem seus títulos ao tesouro vão ter um grande lucro com os papéis e não terão que dar nada em troca pela ajuda.
No Congresso, também há a preocupação de que os profissionais que encabeçaram as perdas não sejam beneficiados pelo resgate, e congressistas querem a limitação de salários de diretores das empresas a serem resgatadas. Parte deles também defende alguma forma de apoio direto aos americanos que podem perder suas casas por causa da crise hipotecária.
Campanha
A crise econômica entrou com força na campanha à presidência americana. O candidato republicano, John McCain, anunciou que está suspendendo sua campanha por causa da crise e propôs a seu adversário, o democrata Barack Obama, que adiassem o debate que têm marcado para esta sexta-feira - o primeiro entre eles nesta campanha.
Falando sobre a proposta após as declarações de McCain, Obama disse que prefere realizar o debate - apesar de não ter deixado claro se pretende ir ao evento na cidade de Oxford, no Estado do Mississippi, mesmo que o republicano não vá. "O que estou planejando fazer agora é debater na sexta-feira", disse o democrata.
"Eu acredito que este é o momento em que o povo americano deve ouvir a pessoa que em aproximadamente 40 dias vai ser responsável por lidar com esta bagunça", afirmou.
A Comissão de Debates Presidenciais dos EUA divulgou um comunicado nesta noite onde confirmou que o primeiro debate entre os candidatos acontecerá na sexta-feira na Universidade do Mississippi, como planejado.
Bush faz pronunciamento na TV sobre crise
Redação Terra.
Bush diz que toda a economia dos EUA está em perigo
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez nesta noite o primeiro pronunciamento à nação desde o agravamento da atual crise econômica, há pouco mais de uma semana. Ele afirmou que a atual crise deixa toda a economia dos EUA "em perigo" e pediu que os americanos apóiem o pacote de US$ 700 bilhões anunciado na última sexta-feira pelo governo. "Estamos em meio a uma séria crise financeira", disse.
Bush confirmou que o país corre o risco de enfrentar uma "longa e dolorosa recessão". Ele afirmou que o plano contra a crise, que espera aprovação no Congresso, não servirá para "salvar companhias individuais, mas para proteger toda a economia dos EUA".
O presidente dos EUA disse que normalmente não concordaria com uma intervenção do Estado na economia, mas que desta vez o país "não está em circunstâncias normais, o mercado não está funcionando adequadamente". "Não temos outra opção a não ser intervir (no mercado)".
Se o pacote do governo não for apovado, disse o presidente, "mais bancos podem quebrar, bolsas irão cair ainda mais, faltará crédito para consumidores e muitos americanos poderão perder seus empregos". "O custo para os americanos será muito maior".
O presidente americano também afirmou ter convidado os dois candidatos à sua sucessão, o democrata Barack Obama e o republicano Joh McCain, para um encontro com congressistas dos dois partidos para discutir a crise, em Washington, nesta quinta-feira.
Críticas
O plano de salvamento tem sido alvo de críticas e dúvidas. Uma das questões é se será criado ou não algum tipo de mecanismo para avaliar e regular a implementação do plano.
O temor é de que o tesouro americano concentre muito poder para gastar os US$ 700 bilhões. Outro ponto em discussão é sobre como usar os recursos. O plano do governo americano prevê a compra de títulos podres dos bancos para, segundo Paulson, "desintoxicar" seus balanços, evitar que quebrem e permitir que voltem a emprestar para o mercado em geral.
De acordo com o Federal Reserve (Fed), a intenção é que esses títulos de má qualidade sejam comprados pelo seu "valor de maturação" e não pelo seu valor de mercado. Isso significa, segundo especialistas, que os bancos que venderem seus títulos ao tesouro vão ter um grande lucro com os papéis e não terão que dar nada em troca pela ajuda.
No Congresso, também há a preocupação de que os profissionais que encabeçaram as perdas não sejam beneficiados pelo resgate, e congressistas querem a limitação de salários de diretores das empresas a serem resgatadas. Parte deles também defende alguma forma de apoio direto aos americanos que podem perder suas casas por causa da crise hipotecária.
Campanha
A crise econômica entrou com força na campanha à presidência americana. O candidato republicano, John McCain, anunciou que está suspendendo sua campanha por causa da crise e propôs a seu adversário, o democrata Barack Obama, que adiassem o debate que têm marcado para esta sexta-feira - o primeiro entre eles nesta campanha.
Falando sobre a proposta após as declarações de McCain, Obama disse que prefere realizar o debate - apesar de não ter deixado claro se pretende ir ao evento na cidade de Oxford, no Estado do Mississippi, mesmo que o republicano não vá. "O que estou planejando fazer agora é debater na sexta-feira", disse o democrata.
"Eu acredito que este é o momento em que o povo americano deve ouvir a pessoa que em aproximadamente 40 dias vai ser responsável por lidar com esta bagunça", afirmou.
A Comissão de Debates Presidenciais dos EUA divulgou um comunicado nesta noite onde confirmou que o primeiro debate entre os candidatos acontecerá na sexta-feira na Universidade do Mississippi, como planejado.
Bush faz pronunciamento na TV sobre crise
Redação Terra.
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